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10 de fev. de 2024

Fim da ZFM não resultará necessariamente no desmatamento da região.

 Thomaz Meirelles, em seu blog THOMAZ RURAL, critica as afirmações do Senador Eduardo Braga sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM), argumentando que tais declarações não refletem a realidade e prejudicam outras atividades econômicas sustentáveis no Amazonas, que possui 97% de suas florestas preservadas. O autor compartilha sua experiência ao trabalhar em campanhas políticas anteriores e destaca conquistas importantes para o setor primário na gestão do atual governador Wilson Lima.

 

Meirelles expressa perplexidade diante do posicionamento do Senador Braga, ressaltando que o fim da ZFM não resultaria necessariamente no desmatamento da região. Ele rebate a ideia de que a floresta estaria diretamente ligada à existência do modelo econômico da ZFM, destacando que há inúmeras tecnologias sustentáveis, desenvolvidas pela Embrapa e outras instituições, que permitem a coexistência harmoniosa entre produção e preservação ambiental.

 

O autor argumenta que a afirmação do Senador Braga não apenas é infundada, mas também prejudica o desenvolvimento de atividades econômicas alternativas no estado, além de dificultar os esforços para reduzir a pobreza, que aumentou consideravelmente nos últimos anos. Ele destaca a existência de argumentos técnicos robustos em defesa do modelo da ZFM, mas ressalta a importância de explorar outros modelos econômicos sustentáveis que possam coexistir de forma complementar.

 

Meirelles reflete sobre os 56 anos de existência da ZFM e questiona o fato de que, mesmo com a implantação do modelo, o desenvolvimento não foi interiorizado no estado. Ele aponta para o crime organizado como principal responsável pelo desmatamento ilegal na região, enfatizando que a população local não é a culpada pela destruição das florestas.

 

O autor reitera que, mesmo sem a ZFM ter alcançado todas as regiões do Amazonas, o estado conseguiu manter a maior parte de suas florestas intactas. Ele destaca a necessidade de explorar outros modelos econômicos para auxiliar a ZFM a combater a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável em todas as áreas do estado.

 

Por fim, Meirelles conclama a defesa técnica fundamentada dos diversos modelos econômicos sustentáveis disponíveis, incentivando o debate sobre alternativas viáveis para o Amazonas, em vez de se apegar a argumentos que não refletem a realidade da região. Ele destaca a importância de ampliar o escopo de discussão para incluir todas as possibilidades que possam contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do estado.

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