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26 de out. de 2010

Fé, Aborto e Eleição

Autazes, AM

Algumas questões:




- o que é crime?

- adultério foi descriminalizado e católicos e evangélicos não fizeram birra

- pedofilia (feita por muitos padres) não causa mesma indignação nos católicos

- o Estado deve prover serviços de saúde

- quem faz aborto no Brasil?

- porque se faz aborto?

- quem faz aborto em condições médicas adequadas?

- quem faz aborto em condições médicas inadequadas?

- o aborto é epidêmico. Mortes em decorrência de abortos em condições médicas inadequadas são em número elevado.

- qual o papel da igreja na prevenção do aborto?

- qual o papel da família na prevenção do aborto?

- qual é o estágio da sexualidade da mulher?

- como lidamos com a sexualidade precoce?

- a igreja embarcou numa discussão que beneficia o candidato da direitona reacionária

- religiosos em vez de pregarem o santo evangelho, agora pedem votos para A ou B.

- qual a relevância para os destinos do Brasil?

9 de out. de 2010

O "BICHO" na Educação

Manaus, AM

Você sabe o que é “bicho”?


Explico: No futebol os cartolas como forma de incentivar os jogadores em jogos decisivos oferecem além do salário normal um valor “extra” em caso de sucesso/ e ou vitória.

Inaugurado pelo PSDB de Serra, quase todos os estados estão fazendo isso e algumas prefeituras também já embarcaram nessa quando o assunto é remuneração do professor. Aqui no Amazonas tal “palhaçada” é saudada como a grande e acertada política educacional.

Não bastasse ao professor a exposição aos mais inadequados ambientes de aula (salas superlotadas, os problemas sociais dos alunos, prédios sem manutenção, falta de material didático, falta de livros, violência em sala, etc.), está ele agora submetido à pressão econômica. Não tem tempo de estudar, capacitar-se como profissional, muito menos tempo para preparar as aulas, porque está subjugado a jornada de 40 ou mais horas de trabalho. Não raro, tem três ou mais empregos. Se não atingir “as metas” ta fumado.

A diferença entre o futebol e a educação são que no futebol os jogadores são bem remunerados, o professor não; naquele não há qualquer conseqüência para o país e para as pessoas, nesta sim, pois sem educação com qualidade a miséria, a manipulação eleitoral e política continuarão, seremos menos felizes.

Imagino se a regra fosse estendida para os demais funcionários públicos, por exemplo para o juiz, o promotor, o médico, o policial, etc., rebaixando antes o salário destes, é claro. Onde pararíamos?

Mentindo, dizem que o problema é de gestão, mas não é. Falta investimento na Educação. De verdade.

Esse é o modelo neoliberal de Serra e do PSDB que querem levar para todo o Brasil. Vá-de-retro Satanás!

Num pais em que o professor é aviltado com a merda de salário que tem, a obra por fim está completa. Não contentes porque apenas cagavam na cabeça do professor, agora também peidam na sua cara. Com a anuência do sindicato adesista e comprado (ouviu SINTEAM?). Isso é uma vergonha.

Enquanto isso, as escolas públicas do Amazonas apresentam os piores desempenhos no IDEB e no ENEM, além de é claro, nada ensinar ao alunado.

Pelo fim do “bicho” na Educação do Amazonas.

A eleição passou, você nada fez, nada mudou. Explico: o Brasil e o Amazonas continuam mutilando o futuro de sua gente.

P.S.: Numa próxima, falarei sobre a privataria na saúde em SP, feita pelo melhor(?) ministro do Brasil, em que se entregam os hospitais às entidades “pilantrópicas” (as OSS).

7 de out. de 2010

O fenômeno Marina Silva

Manaus, AM

Passada a votação de 03 de outubro, é hora de iniciarmos as análises do que aconteceu.


O resultado que ensejou a realização da segunda votação (2º. Turno) para presidente revelou um componente na eleição até pouco esperado, especialmente pela candidata do governo Lula da Silva, a existência de um clamor “não ouvido” das ruas. O resultado da votação em Marina Silva é um recado claro e inequívoco para as forças políticas não-alinhadas aos blocos liderados pelo PT e PSDB, e mais claramente para o PSOL, de que o brasileiro aguarda ansiosamente por um projeto alternativo, verdadeiro, destinado aos trabalhadores e respeitador dos direitos sociais, ambientais e econômicos. Marina Silva, pessoalmente, conseguiu captar essa voz e embolou o meio de campo.

Em nível regional o partido foi mal, exceção aos candidatos, aos quais parabenizo, Queiroz, pela expressiva votação para o Senado (entrou já em meados de agosto e sem estrutura financeira) e também ao companheiro Helilton, candidato a deputado federal (que quase não apareceu no horário eleitoral, pois Sena, Lobato e Queiroz tomaram de conta e falaram por mais tempo que o candidato).

Ainda no Amazonas, o candidato HISSA ABRAHÃO do PPS reproduz o fenômeno eleitoral de MARINA SILVA

Feita essa constatação passo a fazer algumas assertivas.

1ª. - A votação em Marina Silva não foi performance do PV, mas performance da candidata. A terceira colocada conseguiu transmitir sua mensagem ao eleitor. Viabiliza-se como forte candidata em 2014. Já agora em 2010, é cortejada por PT e PSDB.

2ª. A meu ver, há espaço para o PSOL na política nacional, mais especificamente ao cargo de presidente de República.

3ª. Tivesse o PSOL, desde o fim do pleito de 2006, dado prosseguimento à campanha eleitoral de Heloísa Helena à presidência o partido teria em 2010 um desempenho muito expressivo. Certamente os mais de 6 milhões de votos daquele certame seriam hoje os quase 20 milhões que Marina Silva teve hoje. Heloísa Helena é uma candidata pronta: é boa comunicadora, tem conteúdo ideológico e simboliza mudança e valor ético na política.

4ª. A derrocada da candidatura de Heloísa Helena ao senado em Alagoas também sinaliza que o partido necessita se unir num projeto nacional mais propositivo, consistente, articulado e viável para transmitir força à política regional. Um candidato fraco (eleitoralmente, mau comunicador) como foi Plínio, somado ao pouco apoio dos militantes nos Estados, como consequência do processo fratricida e autofágico de escolha do candidato a presidência, não conseguiu ser ouvido pelo eleitor. Plínio não contribuiu para os candidatos nos Estados. Plínio, não suas idéias, pareceu inviável ao Brasil. Há exceções, e.g., Toninho do PSOL (DF), Chico Alencar (RJ), Randolphe (AP), Marinor (PA), Marcelo Freixo (RJ), Carlos Gianazzi (SP), Ivan Valente (SP) e Raul Marcelo (SP).

5º. A hora é de recompormos, elaborar finalmente o programa do PSOL, trabalhar o candidato/candidata (o companheiro Hamilton Assis – vice de Plínio, pode ser essa pessoa) e trabalhar para as eleições municipais de 2012 e as eleições gerais de 2014.

6º. Em nível regional, temos de discutir o uso do fundo partidário, que até então, ao meu ver, foi mal utilizado. Nos últimos anos, foi utilizado para pagar o aluguel da residência do filho do presidente regional do partido. Para mim, deve ser utilizado em mobilização da militância, quer seja em impressos, eventos, aluguel de carro de som e coisas dessa natureza. As contas de 2008 foram aprovadas pelo Tribunal Eleitoral do Amazonas e por isso será liberada novas cotas do fundo partidário. Dessa vez espero que utilizemos esses parcos recursos de maneira mais inteligente e razoável.

7º. Outra questão, ainda em nível regional, é o restabelecimento das comissões provisórias nos municípios do interior, abrupta e antidemocraticamente suprimidas pela direção regional. A menos que queiram os dirigentes do PSOL-AM ter o partido apenas em Manaus. Para mim, a hora de construirmos uma saída política para os problemas apresentados. Sem a devolução do PSOL aos municípios não cresceremos. Estou pessoalmente empenhado em levar o PSOL para Autazes.

O desafio está posto. Agora é operacionalizar isso.

Chamamos à luta socialista todos os filiados ao Partido Socialismo e Liberdade - PSOL no Amazonas. Vamos construir 2012, rumo a 2014.

Obras a toque de caixa

Manaus, AM

Um fato que me encabulou muito nessa última semana foi o ritmo alucinante dado à execução das obras de recuperação e urbanização de vias nos bairros Novo Aleixo e Parque das Garças. Desde o dia 30 de setembro nunca trabalharam tanto. A obra esteve andando até então a passos de cágado, mas desse dia pra cá está uma coisa de louco. O expediente vai até as 22 horas. A executora das obras é a EMPARSANCO.


As benfeitorias são a instalação das galerias pluviais, meio-fio, calçada e pavimentação asfaltica.

Conversando com um e outro trabalhador fiquei sabendo que no dia 07 de outubro (hoje) a CAIXA ECONOMICA FEDERAL fará uma vistoria nas obras. Seria esse o motivo de tanta pressa?

Faço votos que os colegas da CAIXA façam uma boa vistoria e medição das obras. Que o mais elevado espírito público possa orientar tal tarefa, em que se vele pela mais escorreita utilização dos recursos do povo. Que se verifique a obra ser executada de acordo com o contratado, isto é, na quantidade de benfeitorias contratada e com a perfeição e técnicas adequadas.

Concito os valorosos vereadores de Manaus a também acompanharem tais obras, para o bem de nossa cidade e de seu povo.