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28 de set. de 2010

Formação de professores e a qualidade na Educação Básica

Manaus, AM

          A qualidade da educação passa pela formação do docente, que deve ser de alto nível. Faz-se necessário formar professores em quantidade desejável, no mínimo quintuplicar a oferta de vagas nas licenciaturas e levar tais cursos aos municípios mais longínquos da capital.

         A Universidade do Estado do Amazonas - UEA não oferece cursos de educação física, filosofia, ciências sociais e educação artística no interior, e assim a depender da oferta desses cursos, os alunos da rede pública do ensino fundamental e médio dessas localidades jamais terão aula dessas disciplinas.

         Os cursos que timidamente a universidade estadual oferece são: História, 100 vagas, em Parintins e Tefé; Letras, 200 vagas, em Parintins, Tabatinga (2) e Tefé; Matemática, 150 vagas, em Parintins e Tabatinga (2); Pedagogia, 200 vagas, em Parintins, Tabatinga (2) e Tefé; Química, 150 vagas, em São Gabriel da Cachoeira, Parintins e Tefé; Física, 50 vagas, em Tefé; Biologia, 200 vagas, em Parintins, Tabatinga (2) e Tefé; Geografia, 150 vagas, em Tabatinga (2) e Tefé.

         Uma pessoa de Lábrea, por exemplo, que queira estudar Letras terá de se deslocar no mínimo 800 Km, pois o curso mais próximo está em Parintins. Isso inviabiliza sua matrícula no curso, e se o fizesse teria enormes dificuldades em se manter nessa localidade.

         A população do interior continuará a migrar para Manaus enquanto as oportunidades de educação superior estiver concentrada na capital.

        A educação pública, fundamental e média, continuará com o pífio desempenho até aqui apresentado enquanto não se investir na formação de professores no interior.

        Aí está a falácia do governo do Amazonas, que mente, em repetir em programas eleitorais que faz investimentos na educação. Sem formação de professores não haverá educação de qualidade. Enquanto isso no ENEM e no IDEB o Amazonas se apresenta com os piores desempenhos.

        A Universidade, mantida com recursos do erário estadual, falha gravemente porque não é instrumento para a “revolução” educacional.

        A educação ainda não é pensada como política pública, mas como pesado encargo ao governo, e utilizada como mote para captar votos nas campanhas eleitorais.

       É hora de dar um basta na hipocrisia.

       Com a palavra o governador, a Assembléia Legislativa e a UEA.