Manaus, AM
A qualidade da educação passa pela formação do docente, que deve ser de alto nível. Faz-se necessário formar professores em quantidade desejável, no mínimo quintuplicar a oferta de vagas nas licenciaturas e levar tais cursos aos municípios mais longínquos da capital.
A Universidade do Estado do Amazonas - UEA não oferece cursos de educação física, filosofia, ciências sociais e educação artística no interior, e assim a depender da oferta desses cursos, os alunos da rede pública do ensino fundamental e médio dessas localidades jamais terão aula dessas disciplinas.
Os cursos que timidamente a universidade estadual oferece são: História, 100 vagas, em Parintins e Tefé; Letras, 200 vagas, em Parintins, Tabatinga (2) e Tefé; Matemática, 150 vagas, em Parintins e Tabatinga (2); Pedagogia, 200 vagas, em Parintins, Tabatinga (2) e Tefé; Química, 150 vagas, em São Gabriel da Cachoeira, Parintins e Tefé; Física, 50 vagas, em Tefé; Biologia, 200 vagas, em Parintins, Tabatinga (2) e Tefé; Geografia, 150 vagas, em Tabatinga (2) e Tefé.
Uma pessoa de Lábrea, por exemplo, que queira estudar Letras terá de se deslocar no mínimo 800 Km, pois o curso mais próximo está em Parintins. Isso inviabiliza sua matrícula no curso, e se o fizesse teria enormes dificuldades em se manter nessa localidade.
A população do interior continuará a migrar para Manaus enquanto as oportunidades de educação superior estiver concentrada na capital.
A educação pública, fundamental e média, continuará com o pífio desempenho até aqui apresentado enquanto não se investir na formação de professores no interior.
Aí está a falácia do governo do Amazonas, que mente, em repetir em programas eleitorais que faz investimentos na educação. Sem formação de professores não haverá educação de qualidade. Enquanto isso no ENEM e no IDEB o Amazonas se apresenta com os piores desempenhos.
A Universidade, mantida com recursos do erário estadual, falha gravemente porque não é instrumento para a “revolução” educacional.
A educação ainda não é pensada como política pública, mas como pesado encargo ao governo, e utilizada como mote para captar votos nas campanhas eleitorais.
É hora de dar um basta na hipocrisia.
Com a palavra o governador, a Assembléia Legislativa e a UEA.
Parabéns pelo artigo.
ResponderExcluirUEA mantida com tributação sobre os lucros das indústrias do distrito industrial estão sendo desviados para uso em outras áreas precarizando o processo educacional, que já não é dos melhores.