Manaus, AM
Neste dia 5 de junho foi comemorado o Dia Internacional do Meio Ambiente.
Alguns, ingenuamente, levam a causa ambiental de modo romantizado, dissociado da necessidade econômica e social de seu uso. Para estes a existência dos santuários ecológicos, de conversas moles sobre o conservacionismo da intocabilidade e de outras besteiras basta.
Mas o mais nefasto é o modelo capitalizado. Virgílio Viana o chama de "ambientalismo de resultados" - financeiro, claro, mas não dito. Na verdade é um jeito grotesco e exauriente, mas disfarçado sob a capa de ambientalmente correto, de fazer dinheiro explorando o meio ambiente (um bem social e natural complexo) e suas populações.
Aqui cabe um alerta para o modo pouco transparente que a Fundação Amazônia Sustentável, um organismo sob administração privada que recebe recursos públicos e "privilégios" na exploração das Reservas de Desenvolvimento Sustentável, tem levado adiante esse projeto capitalista pseudo-ambientalista. Não se sabe quanto foi arrecadado e nem o quanto repassado aos bolsistas-floresta.
O meio ambiente é um complexo: constitui-se ao mesmo tempo bem natural, econômico e social. Entendê-lo de forma diferente faz com que não se avance no modelo conservação e uso racional. O Ecossocialismo propõe um novo paradigma para a questão ambiental, que integra as dimensões social, econômica e natural. Pensar de outra maneira é trabalhar contra o devir e as existências humana e natural na terra.
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