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22 de mai. de 2010

Os Câmara enrolados na Sanguessuga.

Manaus, AM

(do Blog do Holanda)

O deputado federal Silas Câmara (PSC), e seu irmão, Dan Câmara, ainda têm contas a ajustar com a justiça como conseqüência da Operação Sanguessuga, desencadeada em 2007 pela Polícia Federal. Realizada para investigar malversação de dinheiro público extraído de convênios e emendas parlamentares da Câmara dos Deputados, a operação flagrou os Câmaras utilizando recursos fora dos procedimentos legais. A emenda de R$ 1,8 milhão que favoreceu a Fundação Boas Novas (FBN) foi iniciativa do deputado e o dinheiro sumiu nas carrocerias de ambulâncias fantasmas.

Em dezembro de 2009 Dan Câmara foi condenado pelo Tribunal de Contas da União a devolver cerca de R$ 500 mil aos cofres públicos, além de levar multa de R$ 8 mil, em razão de desvio de dinheiro público constatado nas investigações realizadas pela Polícia Federal. Pelo que o Blog do Holanda apurou, o coronel não devolveu nenhum centavo à União, até o momento.

Estão envolvidos no processo instaurado no TCU, Dan Câmara, José dos Santos, Miquéias de Lima, Samuel da Silva, Ronaldo Lucena e a empresa Central Car Veículos Ltda , os quais vão ter que devolver, juntos e solidariamente, R$ 107,8 mil. Dan Câmara e José dos Santos ainda têm pendência de mais R$ 51,6 mil a serem devolvidos solidariamente.

O deputado Silas Câmara responde ainda a pelo menos dois processos no Supremo Tribunal Federal (STF): um por falsidade ideológica e outro por improbidade administrativa. O seu irmão e comandante da PM , Dan Câmara, tem uma história mal contada de ascensão-relâmpago dentro da corporação, quando, para assumir o comando, foi promovido a tenente-coronel e a coronel em apenas 24 horas, em janeiro de 2008, pelo ex-governador Eduardo Braga, de quem ambos são amigos e correligionários.

Há ainda os R$ 900 mil que a Universidade do Amazonas (UEA) repassa anualmente para a faculdade dos Câmara pela biblioteca fantasma. Até hoje sem explicação e sem ação do Ministério Público.

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