Manaus, AM
(do Blog do Holanda)
O (falecido) senador Jefferson Péres era homem de pouco ou nenhum riso e, se provocado, sabia como ser duro nos seus comentários. Quando, em abril de 2002, o governador Amazonino Mendes e o prefeito Alfredo Nascimento decidiram continuar nos respectivos cargos, Péres não se negou a analisar a situação. "Agora, sem querer desmerecer quem quer que seja, não tem mais ninguém forte do governo, porque eles eram os mais fortes candidatos", declarou, em entrevista publicada no dia 7 de abril. Indagado sobre a oposição, Péres foi impiedoso. "Como a oposição do Amazonas tem sido, historicamente incompetente, pode ser que, mais uma vez, morra na beira. A oposição tem essa tarefa hercúlea de se auto-derrotar", ironizou. Péres, que era do PDT, partido oposicionista, deu a "receita" para a oposição perder de novo. "Basta que as vaidades, ciumeira e falta de espírito público a divida e, mais uma vez, será fatal". Disse mais: com a oposição dividida, "o governo ganha com qualquer candidato".
A lembrança de Péres vem a propósito de se ter, até agora, apenas dois candidatos fortes ao governo, mas nenhum é da oposição. Faltando pouco mais de 30 dias para os partidos realizarem as convenções, não se avista nada parecido com uma candidatura alternativa, para valer. O que resta dos partidos chamados de esquerda, depois que o PSB de Serafim Correa aderiu a Alfredo Nascimento, também está sendo cooptado por Alfredo e Omar.
É a oposição tentando sobreviver das migalhas dos outros.
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Nota do Editor:
O PSOL não vai se deixar cooptar. Mas está difícil encontrar um nome que leve adiante a proposta socialista para o Amazonas. Já tentaram dar um golpe neste dia 20 no Hotel Lider, botando goela abaixo, sem discussão alguma a pré-candidatura de SENA. É esperar pra ver.
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