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3 de mar. de 2024

A extensão rural no Amazonas foi nocauteada


No vasto cenário amazônico, a extensão rural, essencial para o desenvolvimento agrícola, está em uma luta desigual. A desvalorização dos profissionais extensionistas rurais é uma realidade cruel. Com salários baixos e poucos incentivos, muitos desses profissionais enfrentam dificuldades para sustentar suas famílias e se dedicar integralmente ao trabalho.

A falta de recursos também é um obstáculo significativo. Sem investimentos adequados, os extensionistas lutam para realizar suas atividades de forma eficaz. A escassez de veículos, equipamentos e materiais limita sua capacidade de alcançar as comunidades rurais e prestar assistência técnica de qualidade, resultando em um serviço precário e insuficiente.

As medidas financeiras, legais, regulatórias e midiáticas impostas sobre a agricultura na região amazônica agravam ainda mais a situação. Restrições ambientais e burocráticas dificultam a vida dos agricultores e restringem seu acesso a recursos e assistência técnica. A burocracia excessiva e a falta de políticas eficazes para apoiar a agricultura sustentável tornam o ambiente ainda mais hostil para os extensionistas e agricultores.

A precariedade da extensão rural tem efeitos devastadores sobre a agricultura e o mercado de trabalho na região. Com a assistência técnica deficiente, os agricultores enfrentam dificuldades para adotar práticas sustentáveis e aumentar sua produtividade. O resultado é uma agricultura em declínio, incapaz de competir no mercado e de sustentar as comunidades rurais.

Além disso, a falta de apoio aos profissionais extensionistas contribui para a diminuição do mercado de trabalho. Com salários baixos e condições de trabalho precárias, muitos profissionais optam por deixar a profissão, em busca de melhores oportunidades em outros setores. Isso resulta em uma perda de expertise e experiência, prejudicando ainda mais a capacidade da extensão rural de cumprir seu papel de promover o desenvolvimento agrícola e rural.

Diante desse cenário desolador, é urgente tomar medidas para revitalizar a extensão rural no Amazonas. Isso inclui a valorização dos profissionais extensionistas, com salários dignos e condições de trabalho adequadas. Além disso, é necessário investir em recursos e infraestrutura, garantindo que os extensionistas tenham os meios necessários para realizar seu trabalho de forma eficaz.

A criação de políticas e programas de apoio à agricultura sustentável também é essencial. Isso inclui a simplificação de processos burocráticos, o fornecimento de incentivos financeiros e o desenvolvimento de políticas ambientais que promovam práticas agrícolas sustentáveis. Somente com um compromisso sério e investimentos adequados será possível reverter o declínio da extensão rural e restaurar a vitalidade da agricultura na região amazônica.

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