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15 de nov. de 2023

Resistir ao novo colonialismo: O Colonialismo ambiental

 

Manicoré/AM

 

O "colonialismo ambiental" emergiu como uma prática contemporânea que reproduz, de maneira sutil, a dinâmica exploratória das eras coloniais. Nas últimas décadas, as economias mais desenvolvidas, notadamente europeias, americanas e canadenses, inovaram na colonização do mundo empobrecido, utilizando agora a coerção financeira sob o pretexto ambiental.

 

Antes conduzido por força bélica-militar, o colonialismo agora se manifesta através da imposição de padrões ambientais e práticas sustentáveis, muitas vezes guiadas por interesses econômicos disfarçados de preocupações ambientais. Este "colonialismo ambiental" é, na essência, uma estratégia para manter as antigas relações de dependência econômica e enfraquecer as nações em desenvolvimento.

 

A Amazônia, longe de ser apenas um santuário ambiental, é a casa de 30 milhões de brasileiros, cujo sustento e desenvolvimento econômico são fundamentais. A imposição de normas e regulamentações por potências econômicas distantes, sob a justificativa ambiental, ignora a realidade complexa da região, suas necessidades e aspirações.

 

Urge romper com essa lógica perversa do "colonialismo ambiental". É crucial entender que as soluções para os desafios ambientais devem ser construídas em colaboração, respeitando as soberanias nacionais e promovendo uma abordagem verdadeiramente sustentável.

 

A miséria extrema e persistente na Amazônia só será vencida quando o "colonialismo ambiental" for repudiado. A região precisa de políticas que respeitem sua autonomia, permitindo o desenvolvimento econômico e social em harmonia com a preservação ambiental. O novo colonialismo, disfarçado sob a bandeira verde, não é a resposta; é, na verdade, uma perpetuação das desigualdades históricas que precisa ser combatida com firmeza e consciência global. O desafio é construir uma abordagem ambiental que respeite e promova o bem-estar das comunidades locais, em vez de subjugar seus esforços por meio de práticas coloniais disfarçadas.

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