Páginas

15 de nov. de 2023

Desafios da Amazônia: Solucionar a Insustentabilidade do modelo de incentivos fiscais para promoção do desenvolvimento regional

 

Manicoré/AM

O paradigma dos incentivos fiscais para o desenvolvimento regional tem sido um pilar da política econômica brasileira. No entanto, a insustentabilidade desse modelo torna-se evidente, especialmente na Zona Franca de Manaus, onde os incentivos fiscais estão exaurindo. Este texto explora a crítica à insustentabilidade desse modelo e a necessidade urgente de redirecionar esforços para o desenvolvimento agrícola, pecuário e florestal no interior do Amazonas, em meio à recente reforma tributária que limita o uso de incentivos fiscais.

 

Ao longo do tempo, verificou-se a ineficácia dos Incentivos Fiscais para o Desenvolvimento Sustentável. O que se depreende é que os incentivos fiscais, historicamente, têm sido vistos como uma ferramenta eficaz para atrair investimentos e promover o desenvolvimento regional. No entanto, a longo prazo, torna-se evidente que essa abordagem tem suas limitações. A Zona Franca de Manaus, embora tenha experimentado crescimento econômico significativo, está agora no epicentro de uma crise iminente devido ao exaurimento desses incentivos.

O problema fundamental reside na dependência excessiva desse modelo, que muitas vezes resulta em uma economia desequilibrada e pouco diversificada. A Zona Franca tornou-se vulnerável à volatilidade econômica e aos avanços tecnológicos, revelando a fragilidade intrínseca dos incentivos fiscais como única estratégia de desenvolvimento.

 

A Reforma Tributária trouxe limitações aos Incentivos Fiscais. Sim, a recente reforma tributária, que introduziu o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), marca uma mudança significativa na política fiscal brasileira. Ao limitar a capacidade de concessão de incentivos fiscais, a reforma busca criar um ambiente tributário mais justo e eficiente. No entanto, essa mudança também destaca a urgência de repensar as estratégias de desenvolvimento regional.

 

A dependência histórica de incentivos fiscais tem deixado as regiões menos desenvolvidas à mercê de políticas volúveis. Com a reforma tributária, é imperativo buscar alternativas sustentáveis e de longo prazo para promover o desenvolvimento equitativo.

 

O exaurimento dos incentivos na Zona Franca de Manaus é um Alerta para o Amazonas. A Zona Franca de Manaus, por muito tempo, serviu como um modelo para o desenvolvimento regional. Entretanto, o exaurimento de seus incentivos fiscais destaca a necessidade de repensar a estratégia de desenvolvimento para o estado do Amazonas como um todo.

 

O modelo centrado na Zona Franca não apenas criou desigualdades regionais, mas também negligenciou vastas áreas do interior do Amazonas. A dependência excessiva da atividade industrial em Manaus limitou o potencial de crescimento de setores cruciais, como o agrícola, pecuário e florestal, que têm o potencial de oferecer uma base econômica mais resiliente e sustentável.

 

Expôs-se assim a necessidade urgente de Desenvolvimento Sustentável no Interior do Amazonas. A reforma tributária e o esgotamento dos incentivos fiscais na Zona Franca de Manaus devem servir como um chamado à ação para a diversificação econômica no interior do Amazonas. Desenvolver atividades agrícolas, pecuárias e florestais não só alivia a dependência de modelos econômicos instáveis, mas também contribui para a preservação ambiental e a inclusão social.

 

Investir em infraestrutura, pesquisa agrícola e capacitação local são passos fundamentais. Ao redirecionar esforços para o interior do estado, o Amazonas tem a oportunidade de construir uma economia mais resiliente e sustentável, que abranja não apenas os centros urbanos, mas também as comunidades rurais.

 

A insustentabilidade do modelo de incentivos fiscais e o exaurimento na Zona Franca de Manaus são alertas claros para a necessidade de uma abordagem mais holística para o desenvolvimento regional. A reforma tributária, embora imponha limitações, oferece uma oportunidade para repensar estratégias e priorizar setores que têm potencial para impulsionar uma economia mais equilibrada e sustentável no interior do Amazonas. O tempo de agir é agora, para garantir um futuro mais robusto e inclusivo para todo o estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário