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15 de nov. de 2023

Desafios da Amazônia: Banir o Coronelismo político

 

Manicoré/AM

O coronelismo político, conceito estudado pela Ciência Política, representa um fenômeno arraigado na história política brasileira e ainda persistente na Amazônia. Manicoré está na Amazônia. Essa prática é caracterizada pela influência e domínio de líderes políticos locais, os chamados "coronéis", sobre as estruturas políticas e sociais de determinada região. Representa uma prática de poder concentrado e autoritário, reminiscente do período colonial, onde líderes locais, os chamados "coronéis", exercem controle absoluto sobre a política em determinadas regiões. As práticas do coronelismo político incluem o controle do voto por meio de influência, favores e, em alguns casos, coerção. Os coronéis políticos formam alianças com grupos de interesse, manipulam o acesso a recursos públicos e estabelecem redes de poder que permeiam a administração pública local. Além disso, orbitando em torno desses coronéis, existem grupos satélites que se beneficiam das estruturas de poder, criando uma teia complexa de relações pouco transparentes.

Na Amazônia, essa realidade persiste e se manifesta como um dos fatores que contribuem para o atraso econômico e social da região.

No contexto amazônico, o coronelismo político se manifesta por meio de práticas clientelistas, onde esses líderes estabelecem redes de favores e trocas para consolidar e manter seu poder. Esses "coronéis" controlam não apenas a máquina política, mas também exercem forte influência sobre aspectos econômicos e sociais da região.

 

Grupos satélites, que orbitam em torno do poder central desses líderes, são comuns no cenário político da Amazônia. Empresários, funcionários públicos, fantasmas da folha de pagamento e outros atores locais frequentemente se alinham aos interesses dos coronéis políticos em busca de favores e proteção. Esse alinhamento perpetua uma dinâmica que prejudica o desenvolvimento econômico e social da região.

 

A presença do coronelismo político na Amazônia implica em atraso e estagnação. A concentração de poder nas mãos de poucos, em detrimento da representação democrática e da participação cidadã, mina os esforços para promover um desenvolvimento equitativo e sustentável na região.

 

Superar o coronelismo político é essencial para desbloquear o verdadeiro potencial da Amazônia. Isso requer a promoção de práticas políticas mais transparentes, participativas e inclusivas. A construção de uma governança eficaz, baseada em princípios democráticos, é fundamental para permitir que a região se liberte das amarras do coronelismo político e alcance seu pleno desenvolvimento econômico e social. Isso implica a promoção de uma política mais inclusiva, transparente e participativa, onde a voz dos cidadãos seja verdadeiramente ouvida e respeitada. A desconstrução dessa estrutura arcaica é crucial para abrir caminho para o progresso econômico e social, permitindo que a região alcance seu potencial pleno e contribua de maneira significativa para o desenvolvimento do país como um todo.

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