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16 de jan. de 2016

Alguns conceitos de Política Cultural: Patrimônio Cultural Imaterial

Manicoré, AM

Algumas definições:


WIKIPEDIA

Patrimônio cultural imaterial (ou patrimônio cultural intangível) é uma concepção de patrimônio cultural que abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições. (Fonte: Wikipédia.com/PT)

IPHAN

O que é Patrimônio Imaterial?




A Constituição Federal de 1988, nos artigos 215 e 216, estabeleceu que o patrimônio cultural brasileiro é composto de bens de natureza material e imaterial, incluídos aí os modos de criar, fazer e viver dos grupos formadores da sociedade brasileira. Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas e nos lugares, tais como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas.


Essa definição está em consonância com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em 1° de março de 2006, que define como patrimônio imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural".


Enraizado no cotidiano das comunidades e vinculado ao seu território e às suas condições materiais de existência, o patrimônio imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado e apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade. (Fonte: www.iphan.gov.br)


O Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina (CRESPIAL)


O conteúdo da expressão “patrimônio cultural” mudou bastante nas últimas décadas, devido em parte aos instrumentos elaborados pela UNESCO. O patrimônio cultural não se limita a monumentos e coleções de objetos, mas sim compreende também tradições ou expressões vivas herdadas de nossos antepassados e transmitidas a nossos descendentes, como tradições orais, artes do espetáculo, usos sociais, rituais, atos festivos, conhecimentos e práticas relativas à natureza e o universo, e saberes etécnicos vinculados ao artesanato tradicional.


Apesar de sua fragilidade, o patrimônio cultural imaterial é um importante fator da manutenção da diversidade cultural frente à crescente globalização. A compreensão do patrimônio cultural imaterial de diferentes comunidades contribui ao diálogo entre culturas e promove o respeito com outros modos de vida.

A importância do patrimônio cultural imaterial não reside na manifestação cultural em si, mas no acervo de conhecimentos e técnicas que se transmitem de geração em geração. O valor social e econômico desta transmissão de conhecimentos é pertinente para os grupos sociais tanto minoritários como majoritários de um Estado, e reviste a mesma importância para os países em desenvolvimento que para os países desenvolvidos.

O patrimônio cultural imaterial é:

Tradicional, contemporâneo e vivente ao mesmo tempo: o patrimônio cultural imaterial não só inclui tradições herdadas do passado, mas também usos rurais e urbanos contemporâneos característicos de diversos grupos culturais.

Integrador: podemos compartilhar expressões do patrimônio cultural imaterial que são semelhantes aos dos outros. Seja da aldeia vizinha ou de uma cidade nas antípodas ou foram adaptadas por povos que emigraram a outra região, todas formam parte do patrimônio cultural imaterial: foram transmitidos de geração em geração, evoluíram em resposta a seu entorno e contribuem a infundir-nos um sentimento de identidade e continuidade, criando um vínculo entre o passado e o futuro através do presente. O patrimônio cultural imaterial não se presta a perguntas sobre o pertencimento de um determinado uso a uma cultura, mas sim contribui à coesão social fomentando um sentimento de identidade e responsabilidade que ajuda os indivíduos a sentirem-se membros de uma ou várias comunidades e da sociedade em geral.

Representativo: o patrimônio cultural imaterial não é valorizado simplesmente como um bem cultural, a título comparativo, por sua exclusividade ou valor excepcional. Floresce nas comunidades e depende daqueles cujos conhecimentos das tradições, técnicas e costumes são transmitidos ao resto da comunidade, de geração em geração, ou às outras comunidades.

Baseado na comunidade: o patrimônio cultural imaterial somente pode sê-lo se é reconhecido como tal pelas comunidades, grupos ou indivíduos que o criam, mantém e transmitem. Sem este reconhecimento, ninguém pode decidir por eles que uma expressão ou um uso determinado forma parte de seu patrimônio. (Fonte: www.crespial.org)



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