Fonte: WIKIPEDIA
Coronelismo é um brasileirismo usado para definir a complexa
estrutura de poder que tem início no plano municipal, exercido com hipertrofia
privada – a figura do coronel – sobre o poder público — o Estado —, e tendo
como caracteres secundários o mandonismo, o filhotismo (ou apadrinhamento), a
fraude eleitoral e a desorganização dos serviços públicos — e abrange todo o
sistema político do país, durante a República Velha.[1][2][3] Era representado
por lideranças que iam desde o "áspero guerreiro" Horácio de Matos a
um letrado Veremundo Soares, possuindo como "linha-mestra" o controle
da população.[4] Como forma de poder político consiste na figura de uma
liderança local — o coronel — que define as escolhas dos eleitores em
candidatos por ele indicados.[5]
Como período histórico no Brasil, compreende o intervalo desde
a Proclamação da República (1889) até a prisão dos coronéis baianos, pela
Revolução de 1930, tendo seu fim simbólico no assassinato de Horácio de Matos,
no ano seguinte,[4] sendo definitivamente sepultado com a derrubada do caudilho
gaúcho Flores da Cunha, com a implantação do Estado Novo em 1937[6].
Entretanto, como integrantes da Guarda Nacional, os oficiais civis exerceram
influência entre 1831 e 1918 (ou 1924).[7]
Como forma de mandonismo, o coronelismo tem origem no
período colonial - quando era inicialmente absoluto o poder do chefe local,
evoluindo em seguida para formas mais elaboradas de controle, chegando nas
modernas formas de clientelismo.[4] Embora o cargo de "coronel" da
Guarda Nacional tenha sido originado quando da criação da própria Guarda
Nacional no Período Regencial quando era Ministro da Justiça o padre Diogo
Antônio Feijó (1831), não era o mesmo que a patente militar do Exército
Brasileiro e, como fenômeno social e político, teve lugar após o advento da
república.[8]
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