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9 de mai. de 2018

15 de maio, aniversário de Manicoré

Manicoré, M


15 de maio, aniversário de Manicoré, é um dia propício para refletirmos sobre o que queremos para Manicoré.

As pessoas sabem e comentam, está na nossa cara, que nosso município é carente de muitas coisas. Estamos há 140 anos sem energia elétrica de qualidade, há 140 anos sem água tratada, há 140 sem coleta e tratamento de esgotos, há 140 anos sem hospital e médicos que possam prestar assistência em saúde de qualidade, há 140 sem uma educação de qualidade e moderna, há 140 sem geração de emprego e renda, há 140 anos sem política pública habitacional (a sonhada casa própria),  e tantas outras coisas.

As pessoas também sabem e comentam as causas dessas carências, quais sejam a corrupção, o desvio de finalidade no gasto público, o compadrio,  o divisionismo e sectarismo, o aparelhamento da prefeitura para os asseclas, o obscurantismo, a não priorização do que é crucialmente importante, a opressão, ameaças e violência  sobre o servidor público, os gestores sem projetos inovadores, a perpetuação do sistema explorador e opressor - sem respeito pelas pessoas, a compra de voto como método de ganhar as eleições, a venda de voto como método de ganhar alguma vantagem indevida dos candidatos, a educação que forma cidadãos de segunda classe - subalternos, a dominação de uns poucos, a existência das forças do atraso, o agricultor e agricultura sem crédito, o  empreendedorismo sem crédito, o cooperativismo e associativismo sem crédito e apoio, a prefeitura que não cuida do que é comunitário, o poderpúblico que não cumpre suas funções constitucionais e legais, a proliferação e perpetuação das injustiças, a falta de lisura e transparência e ainda a existência dos coronéis de barranca de rio.

Há um grito preso na garganta dos excluídos e dos passados para trás por esses que se apoderaram do município. Os inj[ustiçados de Manicoré clamam. Sim, eles clamam por oportunidade, por mais justiça social e por felicidade e realização plena enquanto pessoas e cidadãs. Sim, eles clamam por aquilo que lhes pertence por direito. Sim, eles clamam. Não clamam por migalhas, esmolas; clamam por cidadania plena.

Eis que urge inaugurar em Manicoré a nova política, com renovação. Há um jeito novo de fazer. O cidadão de bem necessita abrir-se para o novo e acreditar que uma nova Manicoré é possível. Urge que os princípios e condutas adiante sejam o guia de todos: o respeito pelas pessoas; a observância dos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e economicidade, a justeza nas ações, a ampliação das oportunidades para todos, não roubar e nem deixar roubar, dar apoio e crédito para negócios inovadores, apoio e crédito para a agricultura, gerar emprego e renda, implantar a educação emancipadora, ter-se o poder público que cumpre o seu papel constitucional; instalar a transparência, ter senso de urgência, ter-se a gestão empreendedora e inovadora e gestão por resultados, ter-se o planejamento com efetiva participação popular, busca do bem comum, honestidade, efetivar a participação popular e da comunidade e aproveitar e desenvolver o potencial das pessoas e das comunidades.

Urge expulsar da cena cotidiana da política local a figura do candidato com os bolsos cheios de dinheiro distribuindo para apaniguados e a uns e outros recursos sabidamente surrupiados do erário, na calada da noite. E infelizmente por não poucos aclamado, festejado.

Urge vencer as forças do atraso.

É necessário somar forças.

Não aceitemos nos imporem viver os próximos 140 anos como foram os 140 primeiros.

Há um grito preso na garganta dos excluídos!

JETRO XAVIER, empreendedor e advogado em Manicoré.

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